Fraudes bancárias: a culpa é sua ou do banco?

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Fraudes bancárias: a culpa é sua ou do banco?

Veja como se prevenir e o que fazer caso seu cartão seja clonado ou sua conta seja invadida

 Destaque_Ladrão Rafael Arbulu

Abra o seu e-mail. Agora. Vá para a aba de spams. Boas são as chances de você encontrar alguma mensagem intitulada "Atualize dados cadastrais de sua conta no Banco XXXX" ou então alguma "empresa" está lhe oferecendo um produto em condições praticamente irresistíveis. Você deve saber que essa mensagem é uma provável tentativa de roubo de dados, logo, você não deve sequer abrir esse e-mail.

Entretanto, sempre há o usuário mais leigo, que simplesmente abre todas as mensagens direcionadas a ele e, pior, obedece a todas as orientações contidas naquela mensagem, sem questionar-se da autenticidade delas. Assim começa uma fraude bancária. Esse foi o caso da fotógrafa Margarete Barreiro, que gerenciava a conta jurídica do marido. Após baixar um discador da Embratel, ela caiu na situação que muitos brasileiros tremem só de pensar.

"Quando baixei o discador, fui levada para o site da Embratel, onde fui preenchendo os dados que me pediam. O site estava aparentemente em ordem – tinha até a propaganda da Ana Paula Arósio, que fazia isso na época – então fui fazendo tudo sem pensar. Isso foi em uma sexta-feira. No mesmo dia, minha conta foi bloqueada. Só fui mesmo perceber que era roubo quando liguei no banco e eles me informaram que as movimentações na conta estavam estranhas. Pedi um extrato e quase caí dura", diz.

A conta de Margarete tinha gastos que, somados, chegavam em aproximadamente R$ 100 mil, divididos entre pagamentos de contas pessoais, despachantes, faturas de cartão de crédito e outras despesas. "Dava a impressão de que alguém se endividou muito e me roubou para pagar, sabe?"

O caso da fotógrafa, residente em Ubatuba há mais de 10 anos, é um dos poucos que tiveram um final feliz: o banco foi rápido em abrir sindicância e acionar a polícia, cujos técnicos orientaram a vítima a não apagar nenhum e-mail. Após a perícia, todo o valor roubado foi ressarcido. "Hoje, eu olho muitos detalhes de sites que eles falam que é 'clonado'. Procuro erros de português, e também quando pego coisa diferente no visual. Evito ao máximo mexer com dinheiro na internet se for em um ambiente que eu não conheço", diz Margarete.

Segundo levantamento do instituto de pesquisa de marketing Synovate, o Brasil é o terceiro país em número de fraudes via internet banking. Seja por falha humana ou invasão, o estudo indica que o Brasil realmente precisa repensar suas diretrizes de segurança.

Em entrevista concedida ao Olhar Digital, o gerente de infraestrutura da Finnet, Caio Camargo,
falou sobre o funcionamento do mecanismo de fraudes e como bancos e correntistas podem evitar que esse problema cresça ainda mais. Confira as dicas de segurança nas páginas a seguir.


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